segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Novas tradições

Hoje, dia 28 de dezembro de 2009 restabeleço uma velha tradição minha de quando tinha mais ou menos uns treze anos. Não lembro ao certo, infelizmente, do ano, apesar de fazer toda a diferença. Já que o meu décimo segundo ano de vida foi o mais pesado, mas ao mesmo tempo também foi o ano em que eu decidi pela mudança e com força total. Meu primeiro ato de radicalização e que permitiu que o ano seguinte fosse fantástico, assim como os subsequentes.

Bem, a tradição consistia numa "personalização" dos programas de retrospectiva de fim de ano, eu me afastava um pouco das pessoas e da rotina, e aproveitava o clima do período para analisar melhor o que eu tinha feito e vivido. Lembrava de coisas que já pareciam ser de um passado distante, fossem boas ou ruins. Alegrava-me novamente ou sofria as mesmas situações como se voltasse no tempo, mas também incorporava uma outra percepção, a do observador crítico.

Fazia isso sempre entre o Natal e o Reveillon, durante a noite, mergulhando no meu passado recente aproveitava para pensar o que eu queria o que eu não queria para o ano seguinte. A retrospectiva, enfim, tinha e tem esse caráter de olhar para o passado em vista do futuro. Acho, junto com a Hanna Arendt, que a força que mais nos impulsiona para o futuro é sempre o passado. Rejeitamos ou desejamos as coisas que nos aconteceram, fugimos delas, lutamos contra elas sempre em busca de algo melhor, ou damos as mãos para o que nos aconteceu, esperando que amanhã seja igual a ontem.

E hoje, dia 28 de dezembro de 2009, busco toda essa força vinda do passado, em partes para lutar contra ela, em partes para repeti-la...

Ave César!

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